Representando a Secretaria de Relações Internacionais para as Américas, Isabel Kausz dos Reis , participou da 4a edição da Marcha das Margaridas, em Brasília. Também esteve presente dirigentes da UGT e mais de 100 mil trabalhadoras do campo que reivindicavam pela reforma agrária, contra o uso de agrotóxicos e por melhorias das condições de trabalho no campo.
A Marcha das Margaridas foi criada em homenagem ao legado de Margarida Maria Alves, dirigente sindical e símbolo da luta das mulheres por terra, trabalho, igualdade e justiça. Margarida rompeu com padrões de gênero em sua época ao ocupar, durante 12 anos, a presidência do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Alagoa Grande (PB), município a 100 quilômetros, a oeste da capital. Ela fundou também o Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural e teve a sua trajetória marcada pela luta contra a exploração, pelos direitos dos trabalhadores rurais, contra o analfabetismo e pela reforma agrária.
Morreu aos 50 anos, em 1983, assassinada por um pistoleiro, que disparou um tiro de escopeta em seu rosto a mando dos usineiros da Paraíba. O crime teve repercussão nacional. Porém, como tantos outros cometidos contra trabalhadores rurais, ficou impune. A Marcha das Margaridas foi criada como forma de dar visibilidade às lutas das mulheres do campo e da floresta e para denunciar a impunidade contra as mortes de trabalhadores rurais.
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